Abrindo oficialmente o Festival 2024, a exposição apresenta obras antigas e atuais dos 12 ceramistas que fizeram parte do Núcleo pioneiro do Antigo Matadouro de Cunha, hoje a Casa do Artesão. Comemoração e homenagem ao prédio que abriga a artesania local como uma grande colmeia criativa. Com curadoria de Rachel Hoshino.
As peças são autorais de caráter escultórico e decorativo, todas queimadas à lenha em forno noborigama. A variedade do conjunto expositivo está nas técnicas cerâmicas e nas épocas de criação.
A exposição traz obras de Alberto Cidraes, Antônio Cordeiro, Augusto Campos, Gilberto Jardineiro, Leí Galvão, Luiz Toledo, Mieko Ukeseki, Rubi Imanishi, Shugo Izumi, Toshiyuki Ukeseki e Vicente Cordeiro.
Rachel Hoshino (1973), brasileira, é formada em Psicologia pela USP e designer autodidata. Há 30 anos trabalha para indústrias, lojas e marcas de design no Brasil e exterior. Assessora artistas na execução de projetos especiais, como Ai Wei Wei, Bosco Sodi e Artur Lescher. Em 2024, assina a curadoria da mostra “Tocar a Terra”, no Instituto Tomie Ohtake, e participa da exposição “Megumi Yuasa” na Galeria Gomide&Co com textos sobre o artista.
A exposição apresenta várias obras de cerâmica que dialogam com a iluminação de interior, apresentando peças originais como luminárias, abajures e arandelas.
O Atelier Suenaga & Jardineiro trabalha com peças artesanais queimadas em forno à lenha Noborigama e está em Cunha há 40 anos. O atelier é hoje referência quando se trata de cerâmica artesanal.
Pensada para a Abertura da Primavera, a exposição recebe nome “Florescer”, que representa não apenas o desabrochar das flores, mas também a nossa própria evolução como ser humano, como artista. Foram convidados artistas de diferentes escolas e maturidade artística. Fátima Terra, com sua experiência em paisagismo, iniciou na cerâmica valorizando as formas e o colorido das plantas e flores, o que tornou a exposição repleta de luz e alegria. José Carlos Carvalho nos mostra por meio de suas peças uma poesia das mãos, unindo criatividade e técnica, com um trabalho consistente, utilizando várias técnicas de esmaltação e queima. Grouze traz uma delicadeza onírica em suas obras. E Luciano Almeida, reconhecido como escultor, dá aulas em várias cidades, modelando rostos (conhecidos ou não) e formando novos alunos nessa técnica tão especial.
A Exposição Coletiva e Colaborativa “Diálogos: Os caminhos da cerâmica” celebra a rica tradição da cerâmica de alta temperatura, reunindo obras de coleções particulares e dos próprios artistas que prometem surpreender, inspirar e encantar os visitantes. A exposição apresenta a riqueza de obras icônicas tradicionais e interpretações contemporâneas da cerâmica de alta temperatura. Ao reunir obras de diferentes épocas e estilos, a exposição cria um diálogo emocionante entre gerações e culturas, celebrando o passado, explorando o presente e inspirando o futuro desta arte milenar.